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Performance de 'A Travestis' em evento universitário viraliza e causa polêmica

Apesar dos comentários negativos, a Uesb defendeu a livre expressão da cantora e mestranda Tertuliana Lustosa

18 nov 2023 - 19h08
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Tertuliana Lustosa é a cantora de "A Travestis"
Tertuliana Lustosa é a cantora de "A Travestis"
Foto: Reprodução/Twitter

Uma performance da cantora Tertuliana Lustosa em uma universidade estadual da Bahia, em Vitória da Conquista, viralizou nas redes sociais nesta semana. Em vídeos, a mulher trans, que usa "A Travestis" como nome artístico, aparece usando um vestido longo, performando uma de suas músicas mais famosas, mas que, segundo questionam usuários, não seriam adequadas para o ambiente acadêmico.

A letra trata de uma relação sexual entre dois homens, e sobre a sugestão de que um deles receba um murro na costela. "Pede pro maloca dar murro na sua costela. É só uma brincadeira, diga: 'Vai, machuca ela'", canta Tertuliana enquanto metade da sala aplaude de pé e a outra metade assiste a cena sentada.
Nas redes, enquanto algumas pessoas viram o momento com comicidade, outras consideraram a música imprópria.

Procurada pelo Terra, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) informou que a performance aconteceu durante o evento "Desfazendo Gênero", que ocorreu entre os dias 10 e 14 de novembro deste ano. As atividdes contavam com a presença de pesquisadores, representantes institucionais, estudantes de graduação e de pós-graduação e militantes de movimentos LBGTQIPN+.

Segundo a Uesb, trata-se de um evento internacional que, em edições anteriores, já havia sido realizado em outras universidades. Dentre as participantes, Tertuliana Lustosa foi convidada para apresentar um trabalho. Ela é graduada em História da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e mestranda em Pós-Cultura pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde desenvolve pesquisa intitulada “Sertransneja: identidade de gênero e diáspora na arte”. A Uesb afirmou ter recebido outros pedidos de esclarecimentos por causa do vídeo que está circulando, mas reassegura a Tertuliana o direito de "se fazer presente em uma universidade pública e tem todo o direito de submeter uma proposta de apresentação de trabalho acadêmico ou de performance artística para avaliação da comissão de organização de qualquer evento acadêmico/científico no país"."Os questionamentos quanto à conveniência ou inconveniência das palavras e da performance que marcaram a apresentação somente podem ser avaliados se conhecidos os objetivos do trabalho e devem levar em conta os efeitos que tal apresentação visava provocar no seu público – para o qual a apresentação foi produzida", continua a nota.A universidade afirma ainda que notícias sobre mulheres trans violentadas não possuem a mesma repercussão. "Esperamos que, cada vez mais, possamos contar com a ação de instituições que não condenem pessoas à invisibilidade em função de suas 'dissidências sexuais' e nem façam de tais 'dissidências' motivo para ataques, agressões e interdições", finaliza a instituição.
Fonte: Redação Terra
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